A notícia de que Morten Harket, vocalista da icônica banda norueguesa A-ha, foi diagnosticado com a doença de Parkinson, anunciada em 4 de junho de 2025, reverberou entre fãs e admiradores da música dos anos 1980.
Conhecido por sua voz inconfundível que marcou gerações com hits como “Take on Me”, Harket enfrenta um desafio que pode impactar sua carreira, mas que não vai apagar seu legado.
A banda, que revolucionou o pop com sintetizadores e videoclipes inovadores, permanece um marco cultural, e a saúde de seu frontman nos faz lembrar sua trajetória e influência.
O Legado do A-ha e a Voz de Morten Harket
Formado em Oslo (Noruega) em 1982, o A-ha, composto por Morten Harket (vocal), Magne Furuholmen (teclados) e Paul Waaktaar-Savoy (guitarra), conquistou o mundo com uma fusão única de new wave e synth-pop.
O single “Take on Me”, lançado em 1985, alcançou o topo das paradas em diversos países, e se tornou um marco cultural por causa de seu videoclipe revolucionário, que combinava animação e live-action.
A voz de Harket sempre foi o coração do som da banda, presente em sucessos como “The Sun Always Shines on TV” e “Hunting High and Low”. Além de sua carreira com o A-ha, Harket também se destacou em projetos solo e como jurado no The Voice da Noruega, consolidando sua versatilidade como artista.
O Anúncio do Diagnóstico e o Que é o Parkinson
Em uma entrevista publicada no site oficial do A-ha, Morten Harket revelou, em 4 de junho de 2025, que foi diagnosticado com a doença de Parkinson, uma condição que ele enfrentava discretamente há alguns anos.
O cantor, de 65 anos, expressou uma postura de aceitação, inspirando-se na resiliência de seu pai de 94 anos, mas admitiu preocupações com o impacto da doença em sua voz, essencial para sua identidade artística. Ele já passou por procedimentos neurológicos avançados na NeuroClinic Norway, que aliviaram alguns sintomas físicos, mas os desafios vocais persistem, levantando dúvidas sobre sua capacidade de continuar cantando.
A doença de Parkinson é um transtorno neurodegenerativo que afeta o sistema nervoso central, causado pela perda de neurônios que produzem dopamina. Seus sintomas incluem tremores, rigidez muscular, dificuldades de movimento e, em alguns casos, alterações na voz e na fala, o que pode ser particularmente impactante para um cantor. Embora não exista cura, tratamentos como medicação, fisioterapia e, em casos específicos, cirurgias cerebrais, como as realizadas por Harket, podem aliviar os sintomas.

Uma Viagem Musical com o A-ha
A música do A-ha permanece atemporal, conectando gerações com sua combinação única de melodias cativantes e emoção crua. Revisitar o repertório da banda é mergulhar em uma era de inovação sonora e visual, onde o synth-pop ganhou vida com a voz marcante de Morten Harket.
Uma playlist especial, disponível no Spotify, reúne os maiores sucessos do grupo, desde hinos pop dançantes até baladas introspectivas, celebrando o legado de uma das bandas mais influentes dos anos 1980.
Essa seleção é uma homenagem à trajetória do A-ha e uma oportunidade para fãs antigos e novos relembrarem o impacto de suas canções.
Uma pequena confissão aqui…. nos anos 80 era muito fã do A-ha e minha música preferida era, sem dúvida, “Hunting, High and Low”
A-ha no Brasil: Uma História de Sucesso e Conexão com os Fãs
O A-ha tem uma relação especial com o Brasil, marcada por turnês memoráveis e uma recepção calorosa do público.
A primeira passagem da banda pelo país, em março de 1989, foi um marco, com dois shows lotados na Praça da Apoteose, no Rio de Janeiro, atraindo cerca de 80 mil pessoas por noite. A histeria dos fãs foi tamanha que a TV Globo exibiu um especial de 40 minutos, “A-ha Brazil Tour 89”, mostrando apresentações e bastidores da banda na cidade. Aproveitando o sucesso, a gravadora WEA lançou a coletânea On Tour in Brazil, que vendeu quase 700 mil cópias.
Em 1991, o A-ha fez história ao se apresentar no Rock in Rio II, no Maracanã, para um público recorde de 200 mil pessoas, entrando para o Livro dos Recordes. A turnê daquele ano, a maior de uma banda internacional no Brasil até então, incluiu 14 shows em cidades como São Paulo, Brasília, Goiânia e Porto Alegre, com destaque para o clipe de “Early Morning”, gravado no Maracanã.
Nos anos seguintes, o A-ha retornou em 2002, 2015, e mais recentemente em 2022, com a turnê Hunting High and Low, que celebrou os 35 anos do álbum de estreia, passando por Recife, Salvador, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo e Curitiba.
Shows em Barcarena e Paragominas, em 2015, em parceria com a empresa Hydro, também reforçaram a conexão da banda com o Brasil, envolvendo projetos ambientais e apresentações para públicos de até 18 mil pessoas.
A paixão dos fãs brasileiros, descrita por Morten Harket como “empolgante”, reflete o impacto duradouro do A-ha no país.
A-ha e a Revolução Pop dos Anos 1980
Na década de 1980, o A-ha emergiu como uma força global, representando a Noruega em um cenário dominado por artistas britânicos e americanos.
O álbum de estreia, Hunting High and Low (1985), vendeu milhões de cópias e estabeleceu o grupo como ícone do pop. A banda dominou as paradas com sua música, e redefiniu o papel dos videoclipes na indústria, com “Take on Me” ganhando prêmios e inspirando uma geração de artistas visuais. O A-ha foi pioneiro ao combinar tecnologia musical, como sintetizadores, com letras introspectivas e melodias cativantes, influenciando bandas como Coldplay e The Killers.
Com nove singles no Top 10 do Reino Unido e sete álbuns no mesmo ranking, o impacto do A-ha foi monumental, trazendo uma sensibilidade escandinava ao pop global. Mesmo após pausas e retornos, a banda continuou a se apresentar e lançar novos trabalhos, mantendo sua relevância.

Amante de livros, músicas e filmes desde que me conheço por gente.
Livreira há muitos anos.
Criadora e redatora chefe do Meu Momento Cultural.
A minha vontade de dividir essa paixão, me trouxe até aqui.
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